domingo, abril 3

UTI é interditada por causa de superbactéria

A direção do Hospital Universitário de Maceió (AL) anunciou ontem uma nova interdição por tempo indeterminado da maternidade e da UTI neonatal devido à presença de uma bactéria que é muito resistente a antibióticos.

Em fevereiro, a UTI neonatal ficou fechada por cerca de duas semanas devido à presença da bactéria acinetobacter Baumannii em dois bebês. Segundo a assessoria do hospital, agora são quatro bebês com a bactéria. Três deles morreram.

A direção do hospital, que é ligado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), disse que um dos bebês mortos tinha má-formação congênita e os outros dois eram prematuros e tinham complicações. Não é possível afirmar, segundo a direção do hospital, que as mortes tenham sido causadas pela infecção.

A maternidade do HU tem 60 leitos e é especializada no atendimento a pacientes com gestação de risco. Segundo a assessoria, os bebês que estão internados na UTI neonatal poderão ser transferidos.

O hospital disse ter detectado também a presença da bactéria resistente em outros dois pacientes internados na UTI geral. Um deles, era um homem de 70 anos com doença pulmonar e acidente vascular cerebral (AVC) que morreu. A outra paciente é uma adolescente de 16 anos, vítima de acidente de trânsito, que chegou ao hospital transferida do Hospital Geral do Estado (HGE).

Segundo a assessoria do HU, exame preventivo feito no catéter utilizado pela adolescente detectou a presença da bactéria. A garota, de acordo com o hospital, está sendo medicada com antibióticos apesar de não ter desenvolvido nenhuma infecção até ontem.

Técnicos da vigilância sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesal), responsável pelo HGE, estão colhendo material para tentar descobrir qual o tipo e a origem da bactéria está contaminando os pacientes.

Orientação
Segundo a Sesal, equipes da Vigilância Sanitária Estadual fecharam a maternidade e a UTI neonatal do hospital ontem a pedido da direção do hospital. Os inspetores vão orientar os profissionais da unidade sobre quais protocolos seguir para evitar futuros casos. As alas do hospital serão abertas somente após as exigências serem cumpridas. Inspetores da Vigilância sanitária vistoriaram na manhã de ontem as instalações do Hospital Geral do Estado (HGE), onde estava internado o homem que faleceu.

No dia 2 de fevereiro, a UTI neonatal do HU já havia sido interditada parcialmente por causa da infecção da Acinetobacter. A bactéria é caracterizada pela alta capacidade de sobrevivência por longo tempo no local infectado. A principal forma de transmissão desta bactéria é por contato.

A orientação da Secretaria é para que os profissionais da área higienizem as mãos antes e após os cuidados com os pacientes, antes e após irem ao banheiro, manipular materiais e equipamentos e fazerem uso de luvas. Além da higienização das mãos é fundamental também que a roupa utilizada em um serviço de saúde não seja utilizada em outro.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com

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